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Surpresas ou cavalos paraguaios?

13/09/2009 21:55

Chegando devagar, sem que ninguem esperasse, vieram os Canallas para serem líderes isolados do Apertura 2009. Nem Velez, nem Estudiantes e muito menos Boca Juniors. E como escolta do Rosário Central, outra surpresa vinda do sul: o Banfield de Santiago Silva. Todavia, mesmo sendo esquadras invictas até o momento, passarão a ser candidadas ao título?

Olhando cuidadosamente o que fizeram até aqui, não é muito provável...

Racing, Tigre, River e Chacarita. Esses foram os adversários derrotados pelo time de Cuffaro Russo.

Longe de querer desmerecer qualquer uma dessas equipes, mas todas elas estão passando por um momento instável, fazendo com que vence-las não se torne um trabalho árduo. E um exemplo disso veio do próprio jogo mais recente dos líderes deste Apertura.

Os Canallas curiosamente jogaram como se estivessem no Arroyito, graças a 8.000 fanáticos que compareceram ao estádio dos Funebreros. Conseguiram contar com maior volume de jogo, e aproveitaram bem o jogo aéreo, tanto que o gol saiu numa jogada assim na cabeça de Zelaya. No entanto, o futebol mostrado não foi digno de um líder.

Caminhando na mesma trilha está o Taladro de Júlio Falcioni. Até as vitórias sobre Chacarita e River foram parecidas com as do Central.

A bem da verdade, a última vitória sim foi digna de celebração. Mesmo sendo num clássico, onde teoricamente as forças se equilibram pela rivalidade, bater o bem ajustado Lanús de Luis Zubeldía em La Fortaleza é luxo para poucos. O problema é quando se percebe que o triunfo veio pelo mesmo homem que trouxe os anteriores na base do instinto artilheiro: Santiago Silva.

Não podemos desprezar de forma alguma a colaboração de Walter Erviti, novo articulador após a saída de Bertolo. Contudo, graças aos 5 gols do uruguaio matador, o Banfield pode vencer, mesmo sem atuações convincentes.

De qualquer forma, os números são frios. E graças a eles estes dois clubes hoje se encontram no mesmo patamar de Velez e Estudiantes, as duas maiores forças deste torneio.

E se formos análisar com carinho as performances do atual campeão, também não veremos exatamente um bicho-papão dos gramados argentinos. Não se pode negar que o Fortin manteve sua base e, consequentemente, seu bom futebol. Porém, eles perderam muito poder de decidir os jogos. Os gols por parte de Hernan Lopez e Maxi Moralez não saem mais. Contra outros times, apesar disso, o Vélez venceu. Contra o San Lorenzo não foi possível, mesmo em casa.

Quanto ao Estudiantes, o problema é similar, mas não identico.

Os confrontos contra o mesmo San Lorenzo e o de hoje contra o Independiente servem bem para ilustrar isso. Os comandados de Alejandro Sabella jogam com a mesma eficiência que lhes rendeu a conquista da América, no ataque e na defesa. Mas, momentaneamente, eles sofrem de apagões terríveis, dos quais os adversários se aproveitam e conseguem a igualdade no placar.

Diante dos Rojos, com o coração na ponta da chuteira, a insistência de Juan Manuel Díaz rendeu os três pontos no finzinho. Só que o problema da falta de concentração precisa ser checado, afinal a distração do Mundial de Clubes se aproxima a passos largos.

Apesar dos pequenos incômodos, esses times podem se gabar de estarem bem estruturados para almejarem grandes coisas, o que futuramente lhes dará vantagem sobre os atuais e surpreendentes líderes de hoje. Além de causar desespero em outros pretendentes tais como Lanús e Boca. Este último principalmente, que foi presa fácil para o belo jogo do Atlético Tucuman.

Entretanto, o Campeonato Argentino traz consigo um equilibrio por baixo, porém indiscutível. Clubes como o Central e o Banfield até podem sonhar grande, tal como fez o Huracan no semestre passado. É bem pouco provável, até por serem situações diferentes. Mas quem sabe o tempo não pode os favorecer e queimar minha língua?

Piquetgate

11/09/2009 23:40

O imbróglio entre os Piquets e a Renault já tem tantos desdobramentos que é muito difícil fazer qualquer comentário com o bonde andando. Mas um ponto, em especial, chamou minha atenção.

Há quem aproveite o episódio para comentar que Rubens Barrichello, em seus tempos de Ferrari, cedia aos desmandos da chefia da mesma forma como Nelsinho (diz que) cedeu a Flavio Briattore, ambos cumprindo ordens da equipe para beneficiar seus companheiros. Por um lado, sim, são atitudes iguais. Por outro, são completamente diferentes.

No esporte, qualquer atitude tomada fora do âmbito da competição e que influencie no resultado é prejudicial. Isso inclui o tal “jogo de equipe”. Tornou-se uma prática ilegal recentemente, mas seus méritos éticos já eram muito discutidos. Entregar a posição ao companheiro de equipe altera a pontuação do piloto mais bem colocado sem que ele tenha conquistado isso na pista. Como resultado, seus adversários diretos ficam em desvantagem e não podem fazer absolutamente nada a respeito. Era o que Rubinho e Schumacher faziam. Extremamente contestável. Neste ponto, os dois pilotos brasileiros são semelhantes.

No caso da Renault, porém, Nelsinho não apenas facilitou a vida de Alonso. Ele dificultou a vida de todos os outros colegas. A batida proposital é uma influência direta no andamento da corrida e no desempenho particular de cada piloto, enquanto a troca de posições age de forma mais indireta no campeonato. Além disso, há os riscos inerentes a um acidente com um carro de Fórmula 1, como destroços à solta. Por fim, outra diferença fundamental: a Ferrari operava seu jogo às claras. Todo mundo que assistisse a corrida tinha plena consciência do que estava acontecendo, e ninguém se preocupava em esconder. A Renault agiu na surdina, em uma operação que envolveu apenas dois integrantes da alta cúpula da equipe e o piloto brasileiro. Em termos diretos, a Renault sabotou a prova. A revelação, oportunista, só veio quando um conflito de interesses pessoais se instaurou.

Todos os envolvidos devem ser punidos. Nelsinho não pode escapar do castigo só porque trouxe tudo à tona, até pelos próprios motivos que teve para contar a verdade: não por arrependimento ou culpa, mas sim como retaliação. É só lembrar de Roberto Jefferson no caso do mensalão. Não sei quem bolou o plano, se foi Briattore, Symonds ou Piquet (tanto pai quanto filho). O que interessa é que todos estavam a par e levaram a situação até o fim. Portanto, que se faça o que é certo.

Crise de identidade

10/09/2009 18:07

Simplesmente mais do mesmo. Assim foi o desempenho da Argentina contra o Paraguai.

Por essa razão, e pelo fato de qualquer análise feita hoje se tornar um pleonasmo ainda maior, opto por passar minha visão de torcedor neste texto. Um ponto de vista meu, mas que partilha de sentimentos pelos quais estão passando toda a hinchada argentina.

Assim como todos os outros, me preocupo muito com a classificação para o Mundial. Não estar na África do Sul é uma idéia assombrosa, e precisar fazer contas, torcendo contra seleções menos expressivas é deprimente.

Contudo, o pior não está nisso. Uma colocação incômoda pode ser resolvida com vitórias, ainda que hoje elas pareçam cada vez menos possíveis.

O que me deixa triste de fato está puramente no que vejo em campo, mesmo estando longe.

Sempre defendi que minha paixão pela seleção albiceleste encontrava liga no futebol apresentando na cancha.

Os títulos são válidos, mas os espero como ‘obrigação’ do Boca Juniors. Vendo a Argentina, eu esperava pelo encanto, culminando com vitórias.

Ironicamente, é sob a batota do homem que melhor fez justiça a essa máxima que a seleção se encontra no momento mais negro que eu já pude presenciar. Não só pelas derrotas, mas pela maneira com que elas chegam.

Um meio-campo inexpressivo, perdido com a bola nos pés. Atacantes que, ao buscar muito isoladamente, acabam igualmente sem nada. Defensores com uma insegurança terrível. A soma disso tudo produz um futebol ainda mais triste que as derrotas em si.

Tristeza baseada na confiança. Sei que alguns desses jogadores podem fazer muito melhor, encantando e ganhando.

Não peço pelo “Toco y me voy”, embora seria magnífico. Peço pelos dribles, pelos passes refinados e pelos gols ausentes a tanto tempo.

Desde a chegada de Dieguito, precisamente. Sempre me pego perguntando se não seria inveja dele para com uma Pulga que pode se tornar maior que o D10s.

Seria fácil se simplesmente acreditasse nisso. Porém, nem Messi e nem ninguém se exaurem de culpa em nada.

Mesmo assim, espero o melhor para ele e sua geração. Ficar fora da Copa seria um aprendizado, mas ao mesmo tempo seria doloroso. Para jogadores e para um país inteiro.

No entanto, a dor maior não se encontra nesse risco de não ir ao Mundial, Está na realidade de que a Argentina, em sua essência futebolística verdadeira, sequer disputa as Eliminatórias.

Atenção, atacantes do Brasil

08/09/2009 21:55

Há algum tempo já se fala que só há uma vaga em aberto no ataque da seleção brasileira para a Copa do Mundo. Luís Fabiano e Robinho estão garantidos até a última trava da chuteira e Nilmar vai cavando seu espaço discreta e consistentemente. Alexandre Pato já foi forte candidato à quarta vaga e Diego Tardelli é uma aposta a ser analisada. Mas as esperanças podem acabar amanhã.

O Brasil vai pisar no gramado do Pituaçu com a vaga para a Copa debaixo dos braços e a torcida a favor, mas terá do outro lado um adversário traiçoeiro: o Chile de Marcelo Bielsa. Uma equipe sem grife, mas muito regular e determinada, e que também garante seu lugar no mundial com uma vitória. Em outras palavras, um legítimo desafio.

Onde está o seu deus agora?

E quem será o camisa 9, a referência ofensiva e o principal responsável pela positividade do placar canarinho? Pois é, Adriano. E Adriano com vontade, ainda por cima. Esqueça tudo que já se falou sobre ele até este momento. O Imperador certamente entrará em campo para fazer o jogo da sua vida. O jogo que pode certificar sua presença na África do Sul.

Vários fatores já contribuem para que a balança penda para o lado de Adriano desde sempre. Um centroavante com seu estilo é um must have em um time conservador como o de Dunga. O técnico com certeza tem fé no flamenguista, ou não teria, no passado, continuado a chamá-lo mesmo em fases ruins. Por fim, bem, Adriano (quando quer) é um dos melhores atacantes que temos.

"Assim você me deixa encabulado"

Claro, todo esse contexto, por si só, não coloca ninguém numa Copa do Mundo. É preciso corresponder quando se espera. Agora Adriano tem sua chance de fazer isso. Uma atuação de bom nível (não é preciso nem que seja brilhante) contra os chilenos, começando como titular, é o que separa o canhoto de sua segunda participação no torneio mais importante do futebol mundial. Não digo que será a última chance, mas é uma que não se deve jogar fora.

Por isso, é bom que Patos, Tardellis, Loves e (por que não?) Ronaldos fiquem bem ligados na partida de amanhã. Ela pode selar a fortuna dos avantes brasileiros.

Tudo conforme o previsto...

06/09/2009 00:40

Ainda há algum adepto da teoria sobre futebol e lógica não se combinarem? Depois de hoje, duvido muito. Nem o caloroso alento da hinchada rosarina. Nem o fato de contar com o melhor jogador do mundo. Tampouco o equilíbrio da 'maior rivalidade do futebol' para incendiar a alma argentina. Nada disso chegou sequer perto de fazer diferença. E nem mesmo poderia, sabendo da competência e eficiencia desse Brasil que hoje está na Copa.

No começo do jogo, até o torcedor mais cético se ilusionou. Uma troca de passes linda, ao estilo toco y me voy, terminando na finalização de Tevez desviada para escanteio. Seria um dia iluminado dos armadores de jogada da albiceleste? Os minutos seguintes trataram de responder com um 'não' seco e triste.

"Ora, mas a Argentina tinha mais posse de bola", alguém poderá indagar. Contudo, o quão difícil pode ser isso sabendo que a marcação adversária está recuada, pronta para contragolpear? Nos primeiros 15 minutos, apenas um chute de Messi levou algum perigo para Júlio César. Enquanto o meio-campo montado por Maradona seguia inexpressivo, foi só questão de se aproveitar do jogo aéreo para o Brasil abrir o placar com Luisão. Na jogada prevista por críticos daqui, de lá, e por nós.

Nascendo de outra jogada de bola parada veio o segundo gol, nos pés do oportunista Luis Fabiano. E a situação passou de tensa para desastrosa. Com um posicionamento tático exemplar, os defensores brasileiros conseguiram anular a Argentina de forma ainda mais efetiva. Apenas a finalização a queima-roupa de Maxi após lançamento de Veron e um chute de Dátolo merecem destaque como lances de ataque argentinos.

Na etapa final, confiando mais no talento do que em qualquer outra coisa, El Diez coloca seu genro Aguero para jogar. A Argentina se tornou mais agressiva, porém as chances reais de gol ainda estavam distantes. Somente saíam chutes de longe e cruzamentos na área, apesar da clara desvantagem no jogo aéreo. Curiosamente, dessa falta de criatividade nasceu o golaço de Dátolo, mas não dava para esperar que os subordinados de Maradona conseguissem resultados como aquele o tempo inteiro.

E para tratar de esfriar os ânimos de uma reação desordenada, a famigerada vulnerabilidade a contra-ataques por parte da defesa albiceleste enfim apareceu. Do jeitinho que se esperava: Gilberto Silva roubando a bola, Kaká num passe genial e Luis Fabiano, com velocidade e poder de decisão, conferindo o gol do silêncio. Selando uma situação tão terrível a ponto de calar o Gigante de Arroyito antes entusiasmado.

Messi ainda tentou usar de sua genialidade. Milito adentrou a cancha para servir como a referência de área que Tevez não foi. A raça para buscar uma virada inacreditável existiu. No entanto, novamente a bela proteção da área feita pela defesa brasileira domou o ataque argentino. Nas raras vezes em que os anfitriões sobrepujavam essa solidez, Júlio César lá estava como melhor goleiro do mundo que é.

E ainda tem gente que diz que a zaga de Dunga não é uma das melhores do mundo... Vai entender...

Ao passo que a defesa argentina fez o que fez, já esperado por aqueles que a acompanham com regularidade. Para piorar, até Otamendi, zagueiro cobiçado por grandes clubes europeus, falhou. Nos três gols, aliás.

O setor de meio-campo também jogou como se previa. Vários erros de passe e falta de criatividade para armar jogadas aonde Messi e Tevez pudessem incomodar Júlio César de forma contundente. Não que o ataque possa se eximir de culpa nessa derrota. Sim, é covardia pedir que La Pulga jogue como no Barcelona. Só que mesmo com isso em mente, dá para dizer que ele foi pouco ousado.

Já o Brasil, só precisou mostrar a firmeza de seu esquema defensivo e a eficiencia de seus homens de frente para os rosarinos para levar a vitória. De forma quase que automática, metódica e simples. Cruelmente simples.

E aliás os torcedores de Rosário simplesmente viram a realidade lógica que a paixão para com seu país tratava de esconder. Realidade clara desde a posse de Maradona, e que se torna sombria com a visão do futuro. Pela frente um Paraguai igualmente competente no contragolpe, e num estádio sempre temido pelos argentinos: o Defensores del Chaco.

É impossível acreditar numa melhora da situação da defesa, deixando então a responsabilidade para que Maradona ache uma maneira de fazer o ataque se tornar mais incisivo e efetivo. Ele já se mostrou incapaz de aprender algo depois das derrotas. Entretanto, material humano para tal, Dieguito tem. E a esperança de que eles consigam o triunfo em Assunção é tudo que resta para a Argentina. Mesmo sabendo da improbabilidade disso.

Comentário dos leitores

Data 16/04/2011

De samara

Assunto meu time ecorinthias

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o corinthias é o time mais bom do mundo se vc torcer para outro time mude para esse que vc vai se sentir melhor

Data 26/11/2010

De flavia laryssa do nascimento martins

Assunto corinthias

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eu sou corinthiana e naô tenho vergonha de ser

Data 09/01/2009

De Rodrigo

Assunto BOCA recusou proposta do Corinthians pra amistos?

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"BOCA recusou proposta do Corinthians pra amistos de apresentação do elenco"
Tão com medo é Argentino? Só pq o Ronaldão tá no elenco agora?
kkkk
Pq eles recusaram?
FLW!! Abraço!

Data 08/10/2008

De Rodrigo

Assunto çÁbio da semana

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kkkkkkkkkkkk

Já que ele falou isso depois da derrota de 4 X 2 pro figueirense, Vai ver ele tava querendo continuar de 4 !!!! Vcs num entendem a posição dele... uhauhauauhau

Vasco tá na merda mesmo!!

Data 06/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Erros de grámática

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Se o Santista Flávio escreveu na coluna dele "Porém, o gol-relâmpago do Peixe desartodoou a defesa do Furacão" eu posso escrever conhecidencia, tendo em vista que mesmo que ele escrevesse "desatordoou" que é a forma correta, a aplicação do verbo seria errada, já que desatordoar é tirar o atordoamento.

Data 06/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Flu x Vasco

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Alguém de vocês já viu que dia é Fluminense x Vasco?
Dia 2 de Novemro, finados.
Conhecidencia ? talvez...

Data 03/10/2008

De Anderson Carioca

Assunto Hamilton

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O Hamilton pode ser mais idiota que o Senna, mas pega uma gostosa do pussycat dolls, o senna comia a galisteu
pensem nisso

Data 02/10/2008

De Rodrigo

Assunto SOM

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Pessoal, no último programa o som tava perfeito!! tenta sempre deixar daquele jeito einh!!

Flw!!!

Data 01/10/2008

De Rodrigo

Assunto UEFA

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Pooo... Nem teve a transmissão né? Tive que ficar ouvindo a Milly Lacombe falando merda mesmo... =/ kkkkkk