Esperança tricolor

03/10/2008 09:21

A diretoria do Fluminense anunciou ontem à tarde a demissão do técnico Cuca. Contratado para mudar a situação deixada por Renato Gaúcho, o treinador dirigiu o clube por 9 jogos, sendo 2 vitórias, 5 empates e 2 derrotas. Apesar de não ter sido uma má campanha, o número de empates e os pontos perdidos em casa fez o diferencial para a queda do treinador tricolor. A gota d'água veio com o empate em casa com o Goiás, na quarta-feira à noite, pela 28ª rodada da Série A. Cuca parece estar com uma zica eterna neste ano: não conseguiu vencer (novamente) o Estadual do Rio pelo Botafogo, foi mal quando assumiu o Santos e o Fluminense, quando não conseguiu tirar ambos os clubes dessa situação incômoda de risco de rebaixamento. O melhor para ele é agora tirar umas férias e colocar a cabeça no lugar.

Já ontem à noite, a diretoria tricolor já anunciava o novo nome no comando tricolor. É o de Renê Simões, ex-técnico da Seleção Feminina de Futebol do Brasil, e ex-treinador do Coritiba. Ele foi o responsável pela montagem e pelo acesso do Coritiba à Série A. Renê estava na Seleção da Jamaica, onde não alcançou os resultados esperados.

A situação está cada vez mais assustadora nas Laranjeiras. O rumor de um terceiro rebaixamento assombra a diretoria tricolor. Porém, o que ninguém sabe, pois não é veiculado pela mídia, é que a diretoria do Fluminense e nada é a mesma coisa. É uma diretoria prolixa e totalmente comandada pelo patrocinador do clube, a Unimed, que manda e desmanda nas Laranjeiras, tomando o papel que outrora fora da diretoria.

O Fluminense veio para o ano de 2008 com uma só idéia na cabeça: vencer a Libertadores. Montou todo o seu planejamento para tentar essa inédita conquista. Foi mal no Estadual, começou mal o Brasileirão focado no título intercontinental. O título bateu na trave. E, com isso, todo o planejamento desmoronou. Como uma bola de neve, sucessivos eventos ocorreram nas Laranjeiras que culminaram na atual situação: a convocação de Thiago Neves e Thiago Silva para (o fracasso) das Olimpíadas, a venda do próprio Thiago Neves, a queda de rendimento do time, a demissão de Renato Gaúcho, a vinda de Cuca e a chegada de novos reforços(?) que não mostraram para o que vieram até agora, casos de Ciel, Everton Santos, Eduardo Ratinho.

O clube agora se encontra em um inferno astral. É difícil se motivar vendo como a situação se encontra. Pior: ver a que ponto chegou a situação, pois a maioria dos jogadores vivenciou todos esses momentos durante o ano. O que o Fluminense precisa agora é de um treinador que motive, que levante o astral dos jogadores. Principalmente: voltar a vencer uma partida. O tricolor não vence há 44 dias. A última comemoração da torcida foi no dia 20/08, na vitória sobre o Náutico, no Recife.

A chegada de Renê Simões talvez possa trazer um pouco de tranquilidade e esperança aos jogadores e torcedores do Fluminense. O clube tem, no papel, muito mais chances de escapar do rebaixamento que o seu rival estadual e direto, o Vasco. É so questão de trabalhar, trabalhar e trabalhar.

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