Geração Coca-Cola

09/02/2009 15:52

"O Brasil é o país do futebol". "O Brasil é a pátria de chuteiras". Já cansamos de ouvir esses jargões na imprensa esportiva. O Brasil, e principalmente o brasileiro, é reconhecido no exterior, na maioria das vezes, por duas coisas: futebol e samba. É por causa dessa primeira impressão que milhares de crianças e adolescentes, ano após ano, batalham por uma oportunidade para mostrar seu talento no futebol e, quem sabe, mudar de vida. Essa é a situação de milhares de brasileiros aspirantes à craques da bola. Se espelham nos seus ídolos, que conseguiram chegar lá. Quem não quer ser um Kaká?! Um Ronaldinho Gaúcho?! Um Alexandre Pato?! Ricos, reconhecidos, badalados, idolatrados. Todos já sonharam um dia em ser jogador de futebol. Entretanto, alguns se aproveitam dessa obsessão pela fama e dinheiro a qualquer custo para transformar o sonho dessa geração em pesadelo.

Saiu nessa semana, mais precisamente hoje, 09/02, e na semana passada, no dia 02/02, duas matérias no Jornal Hoje falando a respeito de um golpista que dizia ser um empresário de futebol (na alcunha popular, um olheiro) e, com isso, aplicava o golpe da bola, tirando dinheiro das famílias dos futuros boleiros. Veja, na íntegra, as duas matérias:

Golpista engana jovens que sonham jogar futebol na Europa - 02/02

Falso empresário do futebol leva família até a Europa - 09/02

O falso empresário, Milton Felix Paulino, pedia dinheiro às famílias dos jovens jogadores, na maioria das vezes pobres, dizendo que o dinheiro seria para pagar despesas com viagens, documentação, etc. Em dois anos aplicando o golpe, Milton Felix Paulino já roubou mais de R$ 200 mil de várias famílias por todo o Brasil. Ele utiliza documentos e assinaturas falsos da CBF e de clubes de Portugal, principal destino de jogadores brasileiros na Europa.

A oportunidade espontânea de auxílio ou, quem sabe, de mudar de vida, às vezes cegam tanto o jovem quanto os familiares da vítima. Em sua maioria de classe média-baixa, pouco escolarizados, as pessoas se deixam levar pela tentação e não pela razão, e acabam caindo na armadilha do golpista. Nessas horas, é melhor lembrar do velho dito popular: quando a esmola é demais, o santo desconfia. Empresários sérios no ramo de divisões de base de clubes de futebol não pedem dinheiro para as famílias dos futuros craques, pois em vários clubes do Brasil e da Europa, os próprios clubes é quem investem no atleta a fim de que ele seja incorporado ao seu plantel das categorias de base.

Portanto, esse é o alerta aos futuros craques brasileiros. Devemos zelar pelo nosso patrimônio para que não deixemos apagar o tão famoso gingado brasileiro do futebol.

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