Guia do Brasileirão - Parte II

09/05/2009 11:44

Continuando com os times que terminaram a última edição entre 10º e 1º.

Esporte Clube Vitória

Time-Base Viáfara; Wallace, Victor Ramos (Marcos Aurélio) e Anderson Martins; Apodi, Vanderson, Carlos Alberto, Bida, Ramon e Jackson; Neto Baiano

Técnico Paulo César Carpegiani

Estádio Barradão (42.000 lugares)

Análise Lembra daquele Vitória empolgante que foi a sensação do primeiro turno do nacional no ano passado? Pois é, não existe mais. O Vitória 2009 sentiu as perdas de seus motores (Marquinhos e Willians) e de suas âncoras (Leonardo Silva e Marcelo Cordeiro) e agora é uma equipe burocrática, extremamente dependente dos gols de Neto Baiano (felizmente ele vem fazendo muitos) e da inspiração dos veteranos Ramon e Jackson, remanescentes da campanha de 2008. O Leão da Boa Terra teve momentos de brilhantismo, como o triunfo sobre o Atlético-MG na Copa do Brasil, mas o adversário estava combalido e o jogo era em Salvador. Não se pode esperar muito. Más notícias para Viáfara.

Outras Competições Campeão Baiano; joga Quartas-de-Final da Copa do Brasil

Perspectiva Rebaixamento

Coritiba Foot Ball Club

Time-Base Vanderlei; Rodrigo Mancha, Pereira e Felipe (Cleiton); Marcio Gabriel, Leandro Donizete, Pedro Ken, Carlinhos Paraíba e Marcelinho Paraíba; Ariel e Marcos Aurélio

Técnico René Simões

Estádio Couto Pereira (37.182 lugares)

Análise Ano de centenário é sempre uma complicação. Se a campanha do ano passado tivesse acontecido em 2009 seria uma maravilha, mas o Coxa não está tão bem das pernas quanto se podia imaginar para um time que fechou 2008 como uma das melhores surpresas da Série A. Cambaleou em um dos estaduais mais fáceis do país e prossegue na Copa do Brasil sem ter enfrentado nenhum grande desafio. Além disso, sofre com a expectativa de um desmanche e com a ineficiência de Marcos Aurélio, suposto artilheiro. As boas notícias são a volta do promissor Pedro Ken, após contusão que o manteve afastado por toda a última temporada, e do técnico René Simões, que parece infundir um poder mágico no Couto Pereira.

Outras Competições Vice-Campeão Paranaense, joga Quartas-de-Final da Copa do Brasil

Perspectiva Sul-Americana, parte baixa

Goiás Esporte Clube

Time-Base Harlei; Rafael Tolói, Ernandoe e Leandro Euzébio; Vitor, Everton, Ramalho, Zé Carlos e Júlio César (Eduardo Ramos); Iarley e Felipe

Técnico Hélio dos Anjos

Estádio Serra Dourada (54.048 lugares)

Análise O Goiás tem se especializado em fazer campanhas que assustam o torcedor antes de se salvar. Em 2007, foi em cima da hora. Em 2008 o sufoco foi menor, mas ainda assim houve riscos. O mérito do clube em 2009 foi manter Hélio dos Anjos, o técnico que recuperou o time no ano passado e agora pode de fato iniciar um trabalho com os jogadores que já conhece. Esse é provavelmente o principal (ou único) motivo para o Esmeraldino não ser candidato à guilhotina. Fora Hélio, peças como Iarley, Felipe, Vitor (ainda não engrenou) e o prata da casa Rafael Tolói são os trunfos do time verde. Eles e Romerito, quando voltar de contusão.

Outras Competições Campeão Goiano, eliminado nas Oitavas-de-Final da Copa do Brasil

Perspectiva Sul-Americana, parte baixa

Botafogo de Futebol e Regatas

Time-Base Renan; Leandro Guerreiro, Juninho e Emerson; Alessandro, Fahel, Léo Silva e Thiaguinho; Maicosuel, Reinaldo e Victor Simões

Técnico Ney Franco

Estádio Engenhão (45.000 lugares)

Análise A política de redução de custos do Botafogo visa resultados a longo prazo, então não adianta exigir uma campanha de ponta. Realisticamente, as possibilidades do Glorioso dependem de Maicosuel, um dos craques do ano até o momento. Machucado, fará falta no início, e não é surpresa se o alvinegro manquitolar nas primeiras rodadas. Ney Franco, porém, sabe como poucos tirar leite de pedra, e conseguiu construir um Botafogo bastante interessante com o que recebeu no começo do ano. Resta saber o que o técnico-rockstar tem na manga.

Outras Competições Vice-Campeão Carioca, eliminado na Segunda Fase da Copa do Brasil

Perspectiva Sul-Americana, parte baixa

Sport Club Internacional

Time-Base Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro, Guiñazu, Magrão e D’Alessandro; Taison e Nilmar

Técnico Tite

Estádio Beira-Rio (58.306 lugares)

Análise O melhor elenco do Brasil. Isso é fato. Assim como era no ano passado, quando o Inter tropeçou em si mesmo e desperdiçou a chance de jogar a Libertadores no ano do centenário. Apesar disso, o Colorado é mais uma vez favorito, e bota favorito nisso. Não se pode dizer que foi impressão enganosa do estadual, já que o Inter já enfrentou desafios consideráveis, como o Náutico nos Aflitos, e passou por todos sem a menor cerimônia. O maior adversário do time do saci-pererê é, mais uma vez, ele mesmo. E desta vez parece que vai.

Outras Competições Campeão Gaúcho, joga Quartas-de-Final da Copa do Brasil

Perspectiva Título

Clube de Regatas Flamengo

Time-Base Bruno; Welinton, Aírton e Ronaldo Angelim; Williams, Kléberson, Léo Moura, Ibson e Juan; Emerson (Erick Flores) e Adriano

Técnico Cuca

Estádio Maracanã (92.000 lugares)

Análise Não é que o Flamengo seja um time ruim. É que, passado o meio do ano, provavelmente não terá time. Uma debandada já é anunciada na Gávea, e a reta final do Brasileirão pode ser penosa para o rubro-negro. Por enquanto a situação é boa. O meio-campo está cada vez mais encaixado, o ataque ganhou um forte upgrade, o treinador está confiante… A defesa ainda terá trabalho a fazer para se acertar sem Fábio Luciano, mas, fora isso, o Urubu promete uma boa largada. Depois, porém, parece que vai ser com a torcida de novo…

Outras Competições Campeão Carioca, joga Quartas-de-Final da Copa do Brasil

Perspectiva Sul-Americana, parte alta

Sociedade Esportiva Palmeiras

Time-Base Marcos; Danilo, Maurício Ramos e Marcão (Edmilson); Wendel (Fabinho Capixaba), Pierre, Cleiton Xavier, Armero e Diego Souza; Willians (Ortigoza) e Keirrison

Técnico Vanderlei Luxemburgo

Estádio Parque Antártica (28.599 lugares)

Análise Craques o Palmeiras tem, falta é reposição para eles. O banco de Luxemburgo carece de peças interessantes. No, campo, porém, os onze se garantem. Diego Souza brilha, Ortigoza ganha espaço, Pierre fecha as portas, os zagueiros se entendem, enfim, o Verdão que arrebatou corações no início do Paulista recomeça a dar as caras. Ainda há o problema de Keirrison, que perdeu intimidade com a bola e enfrenta uma incômoda má fase, e o fantasma permanente das propostas estrangeiras que arrancariam os astros da Traffic do Parque Antártica, o que deve ocorrer no meio do ano. Até lá, o jeito é buscar o possível título continental e estabelecer-se no Brasileirão.

Outras Competições 3º no Paulista, joga Oitavas-de-Final da Libertadores

Perspectiva Libertadores

Cruzeiro Esporte Clube

Time-Base Fábio; Jonathan, Leonardo Silva, Thiago Heleno e Gérson Magrão; Fabrício, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner; Thiago Ribeiro e Kléber

Técnico Adilson Batista

Estádio Mineirão (76.500 lugares)

Análise Com um time mais experiente do que o de 2008 e sem as contestadas “professor-pardalices” de Adilson Batista, tudo vai de vento em popa para o Cruzeiro. Após vencer o Mineiro com um pé nas costas, jogando quase todo o campeonato com reservas, e passar tranquilamente para o mata-mata da Libertadores, os celestes entram no nacional com status de favoritos. A chegada de Athirson é um acréscimo importante de um jogador reanimado para o futebol,  e a mera presença do ídolo Sorín faz sorrir e cantar a torcida. Com Kléber matando a pau e a zaga surpreendentemente muito segura, é difícil ver pedras no caminho da Raposa.

Outras Competições Campeão Mineiro, joga Oitavas-de-Final da Libertadores

Perspectiva Título

Grêmio de Foot Ball Porto-Alegrense

Time-Base Victor; Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy, Adilson, Fábio Santos, Tcheco e Souza; Jonas e Maxi López

Técnico Marcelo Rospide

Estádio Olímpico (47.000 lugares)

Análise Paulo Autuori chegará, mas, enquanto não chega, Marcelo Rospide vai fazendo um ótimo trabalho no comando do Grêmio. É claro que ajuda ter um elenco forte, entrosado e cheio de moral. Depois de entrar como azarão e sair como potência do Brasileirão 2008, o Imortal volta a ser favorito no nacional. As perdas não foram debilitantes, a contusão de William Magrão foi rapidamente superada e os reforços se encaixaram como luvas nas posições em que o tricolor gaúcho era carente (laterais e ataque). Fica como pulga atrás da orelha o comportamento da diretoria, que tem como precedentes duas demissões sem motivo razoável.

Outras Competições Vice-Campeão Gaúcho, joga Oitavas-de-Final da Libertadores

Perspectiva Título

São Paulo Futebol Clube

Time-Base Bosco; Renato Silva, André Dias e Miranda; Arouca, Jean, Hernanes e Jorge Wagner; Dagoberto (Júnio César), Borges e Washington

Técnico Muricy Ramalho

Estádio Morumbi (73.501 lugares)

Análise Apesar de não ver nenhum futebol vistoso, é difícil não apontar o São Paulo como candidato ao título. Após dois anos administrando folgas na tabela, 2008 ilustrou o poder de chegada do Tricolor, e qualquer um dos cenários pode se repetir. A bruxa solta no Morumbi, que já tirou temporariamente de combate o capitão e símbolo Rogério Ceni, André Dias, Jean, Zé Luís, Arouca e Rodrigo (este permanentemente, já que volta do empréstimo antes de se recuperar), cria um ar de desconfiança, e o time ainda não joga o que poderia. Mas isso não é novidade, e no fim do ano ninguém mais se lembra.

Outras Competições 4º no Paulista, joga Oitavas ou Quartas-de-Final da Libertadores (não decidido pela Conmebol)

Perspectiva Título

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