Il scudetto è neriazzurro di nuovo?

18/08/2009 22:39

Na velha bota, todos querem chutar pra longe uma hegemonia que vem perdurando desde 2006, quando estourou o escandalo do esquema ilegal de apostas e manipulação de resultados na Serie A da Itália. Apesar dos esforços da Roma e, no último torneio, da Juventus, a Inter de Milão vem se mantendo soberana e segue favorita para este Campeonato Italiano 2009/10, que começa neste final de semana.

E no intuito de fazer melhor ou de permanecer na primeira divisão, os clubes de lá fizeram um alto investimento. Somando as contratações de todos eles, desde a Atalanta até a Udinese, o gasto total foi de 409,1 milhões de euros. Embora o dinheiro das vendas renderam 401,6 milhões de euros, é uma prova cabal de que os italianos não estão na recessão dita pelos críticos, e tampouco estarão de brincadeira na disputa do calcio esse ano.

Ainda falando nas transações, pode intrigar a alguns o fato da Internazionale ter sido o time que mais gastou em reforços (86,5 milhões de euros). Afinal, eles já tinham o time mais forte e temido do país. Contudo, isso não é nem nunca será suficiente para José Mourinho, técnico que vem anseando por um título europeu desde 2004, quando o conquistou pelo Porto. Além disso, mesmo os vários reforços ainda não foram suficientes para tirar uma dúvida do torcedor Neriazzurri: Ibrahimovic fará falta?

Um atacante que combina rapidez, habilidade, sabedoria e faro de gols com perfeição e que tenha tido uma participação nos últimos três títulos nacionais como a dele sempre deixará saudade. Contudo, o ganho financeiro da transação com o Barcelona foi irrecusável. E para esta temporada, eles tem dois goleadores de qualidade em vez de apenas um: Samuel Eto'o e Diego Milito, um ataque de primeira linha internacional.

Mourinho ainda conta com a muralha Júlio César, e uma defesa ainda mais sólida com a chegada de Lúcio, mas não pode negar que sua Inter ainda possui um ponto fraco na armação de jogadas no meio-campo. Thiago Motta, num primeiro momento, até será um bom substituto para Cambiasso, porém, Zanetti (caso seja escalado como volante), Muntari e Stankovic não primam pela criatividade. Mesmo assim, eles ainda estam um degrau acima dos outros mortais italianos.

E, com o enfraquecimento dos rivais, pesará sobre os ombros do time mais tradicional do calcio a responsabilidade de tirar da Inter a glória da volta olímpica. Em outros tempos não tão distantes, era a Juventus quem costumava reinar nas disputas pelo título da Série A, mas agora se vê como coadjunvante de um destino que tende a se colorir de azul e preto outra vez.

Entretanto, ainda existem quatro grandes cavaleiros na Vecchia Signora (velha senhora em português, apelido da Juve) que sabem muito bem como é o gosto da vitória e podem ajudar o time a superar esse enorme desafio. Gianluigi Buffon segue com a mesma segurança de sempre defendendo a meta da Juve. Fábio Cannavaro está de volta para liderar a zaga que perdeu Mellberg para o Olympiacos. Del Piero jogou como nunca na temporada passada e promete fazer o mesmo agora com seus passes e chutes precisos. E, no comando dessa trupe, o efetivado técnico Ciro Ferrara.

E para adicionar alma jovem ao elenco Bianconeri, bons jogadores de sangue sul-americano foram trazidos a Turim. O promissor zagueiro uruguaio Martin Cáceres, ex-Barcelona, o forte volante brasileiro Felipe Melo, ex-Fiorentina, e a grande esperança da torcida juventina, Diego, ex-Werder Bremen. Talvez a falta de velocidade de laterais confiáveis seja o calcanhar de aquiles da Juventus, só que terão de superar isso para se consolidarem como única esperança de bater a Inter.

Espera, a única mesmo? E quanto ao igualmente tradicional Milan? Esse terá sorte se conseguir uma vaga na Liga dos Campeões, competição da qual já não fizeram parte na temporada passada, trazendo um prejuízo de cerca de 67 milhões de euros. Eles voltaram para o maior encontro de clubes do continente nesse ano, mas a perda financeira os obrigou a serem modestos nas compras, e a venderem o ídolo Kaká.

E a ausência do craque brazuca é apenas um dos problemas crônicos dos Rossoneri. O envelhecido meio-campo com Pirlo, Gattuso e o agora capitão Ambrosini vai perdendo parte do seu brilho a cada dia, e Ronaldinho continua sem ser uma promessa de melhora. Além disso, por mais inteligente que Leonardo tenha sido como jogador e como manager, sua falta de experiência não inspira confiança.

Ao menos os fãs milanistas podem se contentar com o fato da zaga ter voltado a ser sólida como em tempos atrás. É verdade que Paolo Maldini agora é um ex-jogador de fato, mas Thiago Silva, apoiado nas suas atuações magistrais no Fluminense, formará com Nesta uma dupla de tanto respeito como as que o clube teve nos anos de triunfo. Porém, mesmo tendo os goleadores Pato, Inzaghi e Huntelaar. lá na frente, as glórias devem mesmo ficar no passado, tendo repetição adiada por tempo indeterminado.

Bom, com isso a Roma, tradicional força da capital italiana, deve voltar a sonhar com vaga na Champions League, certo? As probabilidades mais lógicas não apontam para esse caminho. O time do ainda técnico Luciano Spaletti tem como maior reforço a incógnita de Guberti, revelação do recém-promovido Bari. Ainda por cima, perderam Alberto Aquilani, embora sua suscetibilidade a lesões e o preço oferecido tenham feito da compra um bom negócio.

Para manter os romanistas ainda com alguma esperança, o elenco Gialorossi conta com alguns jogadores de valor. Os bons laterais Marco Motta e John Arne Riise, o goleador montenegrino Vucinic, e os dois maiores ídolos, dos quais dependerá quase que inteiramente o bom rendimento da Roma, Daniele de Rossi e Francesco Totti, um dos maiores futebolistas italianos de todos os tempos.

Ainda assim, os trunfos romanistas podem não ser suficientes perto do que prometem outros candidatos mais firmes à Champions League. Dentre eles, o mais forte é a Fiorentina, clube que caminha a passos largos para já se estabelecer na fase de grupos do torneio europeu desse ano. A Viola perdeu Zauri e Felipe Melo, mas manteve boa parte de sua base que encontra o caminho das vitórias nos gols de Mutu e Gilardino.

Por terem contratado com sabedoria, Napoli e Palermo também entram de sola nessa disputa. O time do San Paolo optou por trazer jogadores que viu se destacar na própria liga nacional. Os excelentes laterais sul-americanos Campagnaro e Zuñiga, além do valoroso Cigarini e do artilheiro Quagliarella. Já o Palermo aposta em jogadores promissores de fora, o que pode acabar rendendo mais, pois Nicolas Bértolo e principalmente Javier Pastore são dois meias rápidos, técnicos, habilidosos e, nas horas vagas, goleadores.

Correndo por fora está o Genoa, campeão em número de contratações. Dentre as principais estão os argentinos Crespo e Palacio e o italiano Floccari. Contudo, mesmo sabendo que são jogadores de qualidade, não devem suprir a altura as perdas de Thiago Motta, Matteo Ferrari e Diego Milito, deixando, portanto, o time do treinador Gian Piero Gasperini contente com uma vaga na Liga Europa.

Sabendo que essas squadras se voltarão com mais fervor para conquistar seu lugar ao sol na UCL, as tifoserias do calcio na Itália que vão torcer pela conquista do Scudetto serão mesmo as interistas contra as juventinas. O allenatore da seleção da azzurra, Marcelo Lippi, diz que o capitano a levantar o troféu será Del Piero, enquanto José Mourinho permanece confiante que Javier Zanetti permanecerá com o gesto com o qual se acostumaram os Neriazzurri. Nos resta apenas acompanhar as 38 giornatas e se emocionar com o bom futebol sempre presente na Série A.

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