Los Pinchazorros campeones

16/07/2009 00:51

Tetracampeão. Um grito simbólico da alegria brasileira de exatos 15 anos atrás, mas que hoje traz a decepção para a torcida do Cruzeiro. O Estudiantes conseguiu a façanha da vitória de virada em solo adversário e deu a volta olímpica diante de um Mineirão lotado. Gaston Fernandez e Boselli foram os autores dos gols heróicos num 2x1 para entrar para a história do clube de La Plata, vencedor da 50ª Libertadores da América.

Foi a consagração de Juan Sebastian Verón, repetindo o feito de seu pai, Juan Ramon Verón, no final da década de 60. A volta por cima de um time que conseguiu sua classificação para a pré-Libertadores no último jogo do Apertura 2008, graças ao vice-campeonato do Tigre, que poderia roubar a vaga se tivesse feito mais um gol.

Tanto os Celestes quanto os ‘Pinchas’ chegaram com méritos a essa decisão de Libertadores. Desta forma, naturalmente, o último jogo teve uma etapa inicial equilibrada, ainda que tenha sido sem grandes agitações nos primeiros 15 minutos. Nem Adilson Batista e nem Alejandro Sabella queriam correr grandes riscos num duelo de tamanha importância e magnitude.

Somente quando o cronômetro de Carlos Chandia marcava 25 minutos que a primeira grande chance pode empolgar a torcida anfritriã. Desabato vacila e o Cruzeiro teve ataque de três contra três. Wagner lança Wellington Paulista, que não finaliza e facilita para a saída de Andujar. No lance posterior veio a resposta do Estudiantes com Boselli puxando contra-ataque, tocando para Perez, que só não chutou porque Wagner o desarmou a tempo.

A promessa de emoção ficou depositada nos últimos 45 minutos da Libertadores 2009. O Cruzeiro começou envolvendo os visitantes no toque de bola, mas esbarrava numa zaga sólida e numa marcação aplicada. O jeito foi arriscar de longe, exatamente como Henrique fez. Contou também com a sorte da bola ter desviado em Leandro Desabato, enganando o goleiro Andujar. Festa azul em Belo Horizonte.

Abalo emocional? Os comandados de Sabella não conheciam essa sensação, e não seria no jogo mais importante da vida deles que eles aprenderiam. O lateral-direito Cellay, num raro momento de ofensividade, cruzou da direita. A bola passou por todos, menos por Gaston Fernandez, que finalizou na pequena área de canela. Balde de água fria no time de Adilson Batista, sofrendo o empate seis minutos depois.

A Raposa sim sentiu o momento, pois não conseguiu encaixar seu jogo na busca pelo segundo gol. Ramires, Wagner, Wellington Paulista, Kleber, nenhum dos trunfos de ataque dos Celestes mostrou a eficiência dos jogos passados. Nessa hora apareceu Boselli, artilheiro da competição, que aos 27 cabeceou após cruzamento de Verón para decretar a virada.

Thiago Ribeiro ainda tentou mudar o destino quando entrou no lugar de Wellington Paulista. Mandou uma bomba no travessão aos 41 minutos. Mas naquele momento era inevitável, pois a festa azul desejada pela maioria no Mineirão se tornou alvirrubra e com sotaque portenho. O Estudiantes de La Plata conseguia ali a glória máxima da América. De modo que já está marcado o confronto para o final do ano: Verón x Messi.

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