Resumão do domingo

22/02/2009 21:32

Com exceção da vitória dos pinchas sobre o Ciclón em La Plata depois de duas rodadas sem sequer ter marcado gols, nenhuma surpresa no domingo esportivo da Argentina. Mais uma vez as táticas mirabolantes de Ischia levaram o Boca a derrota. Mais uma vez o River vence um adversário mais fraco mesmo sem ter feito uma partida brilhante. E mais uma vez um espanhol entristece a torcida argentina numa final de Tênis.

O jogo principal das 17 horas (horário local de verão) envolvia duas das equipes mais fortes atualmente no país. Não a toa, as duas estão também na disputa da Libertadores. E ambas chegavam ao estádio de La Fortaleza com o mesmo retrospecto: vitória na estréia e derrota no segundo jogo. Igualdade de condições que no placar acabou rapidinho com o gol do pibe Sálvio aos 3 minutos do primeiro tempo. Esse gol significaria o fim do comportamento ofensivo do Lanus, mesmo em casa.

Coube ao Boca então se impor como a grande equipe que é. Mas o 3-5-2 que Ischia implantou não colaborava. Cáceres, Forlin e principalmentr Roncaglia não estavam acostumados com essa tática, e sem a proteção de Ibarra e Krupoviesa, que jogaram como alas, foram presas fáceis no primeiro e único gol do jogo. O meio-campo era um vazio de criação sem Riquelme, pois Gracián só sabe chutar, não sabe armar. E na frente não havia o "9" de ofício. Pouco se viu de um Palacio que, quando aparecia, cruzava na esperança de um Palermo que ainda estava no banco.

Na segunda etapa Ischia percebeu o lapso de criatividade de sua equipe. Permitiu que Palermo e Gaitán entrassem em campo, porém como seus companheiros já estavam esgotados por tantas tentativas de furar a retranca "Granate", pouco puderam fazer. A melhor chance do empate foi De Viatri, que entrou aos 30 no lugar de Palacio, mas "El Chiquito" Bossio defendeu à queima-roupa.

Vitória para os anfitriões se encherem de confiança em busca da primeira vitória na Libertadores. O adversário é o Caracas, que joga em casa na quarta. Pro Boca, uma semana de cabeça inchada e de reza para que Morel e Roman voltem o mais rápido possível, pois faz falta.

Em Nuñez cresce a esperança de dias melhores. Verdade que o River Plate continua vencendo sem convencer, mas pra um time que não sabia o que eram 3 vitórias seguidas faz tempo, é justo que se alegrem.

Mas nem tudo é críticas ao desempenho millonário. A defesa se mostrou bem com Gerlo de titular, que soube segurar o ímpetuo do time sulista. Ainda que o Banfield tenha se mostrado mais forte, sentiu falta do meia Nasuti, que por clausula de seu contrato de empréstimo não pode jogar contra o River, e de Santiago Silva, artilheiro uruguaio suspenso pelo 5° amarelo. As jogadas eram sempre pela esquerda, aonde Bertólo ficou sobrecarregado, embora tenha sido o melhor em campo.

No entanto, o futebol não da a vitória aos que mais tentam, e sim aos que se aproveitam das melhores chances. De maneira que o River venceu graças aos gols de Abelairas, numa cobrança de falta polêmica por originalmente ser de dois lances, e de Falcão Garcia, depois de passe do ídolo Fabbiani. Pra quem terminou o ano passado amargando a lanterna, uma liderança mesmo que seja dividida com Newell's, Colon e Godoy Cruz vale muito.

No outro jogo das 19h, Estudiantes 2x1 San Lorenzo. Cellay e Boselli quebraram o jejum de gols dos anfitriões, enquanto Bergessio descontou para o time de Russo que amarga sua terceira derrota seguida.

E no Tênis, vitória de Tommy Robredo sobre Juan Monaco por 2 sets a 1, com parciais de 7-5, 2-6 e 7-6 (7-5 no Tiebreak). Numa partida que foi interrompida devido a chuva, é justo que se enalteça a partida valente que do Pico Monaco, que infelizmente não conseguiu o bicampeonato (havia sido campeão em 2007). Tristeza pela lembrança que inevitavelmente volta sobre a derrota da Argentina em casa para a Espanha sem Rafael Nadal, mas só o fato do Monaco ter chegado a final passando pelo desafeto Nalbandian já significa muito. Ojala que o novo capitão saiba lidar com as individualidades da equipe argentina e possa convocar Juan Monaco de novo.

Em tempo: O capitão do time argentino na Copa Davis, Modesto Vasquez, chamou denovo Juan Monaco para a equipe. Como Del Potro, Calleri e Acasuso pediram para não serem chamados, Lucas Arnold e Juan Ignacio Chela acompanham Monaco e Nalbandian nessa convocação.

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