Sessão da tarde

28/09/2008 21:54

Esse filme já passou várias vezes. Todo mundo já viu. O final é previsível.

Começa com atraso de salários, depois vêm os problemas políticos, o presidente renuncia e a desordem está feita. Foi assim com Grêmio, Palmeiras, Corinthians e o final foi a queda para a série B. O Galo está encaminhando para isso.

O desempenho dentro de campo dispensa comentários, negativamente. E a história nos diz que os problemas extra-campo estão estritamente ligados a isso. Principalmente quando se trata de um time que oscila muito, o que pode indicar uma falta de estrutura acabando com a tranqüilidade de qualquer equipe.

Dentre os possíveis presidentes, nenhum é capaz de mudar o final desse filme. O velho Alexandre Kalil, conhecido e admirado (por alguns) pela torcida atleticana, é muito passional e não é capaz de repetir os feitos de seu pai Elias Kalil, que montou o último timaço do Atlético. Sérgio Bias Fortes promete ser o presidente que os atleticanos pediram a Deus, mas por trás ele defende Ricardo Guimarães e prometeu a Afonso Paulino cargo de confiança, aroma de manipulação no ar.

Um clube de futebol hoje em dia é uma empresa. Empresa não sobrevive sem sócio. Enquanto não houver um plano de sócio-torcedor, com direito a voto, será muito difícil para o Atlético se reestruturar. Clubes como Grêmio e Inter só puderam manter estabilidade após implementação de projetos desse tipo. O sócio-torcedor é um sucesso em clubes de menor tradição, como o xará do Paraná, onde mais de 10 mil torcedores contribuem ativamente com o clube e já trás resultados. Alguém tem dúvida que, caso fosse adotado o sócio torcedor no Atlético, as cotas seriam vendidas como água?

Brasileiro é tudo viciado em futebol. O cara vende a  mulher mas não vende a blusa autografada pelo Pelé.

Sobra paixão, falta razão. Ou sobra ganância, falta poupança.


Comentários

Voltar