Pontaria e placar zerados

09/07/2009 00:47

Os argentinos bem que tentaram. Pressionaram com a raça que tanto caracterizou o Estudiantes de La Plata ao longo desta Libertadores. No entanto, ao soar do apito final do árbitro Jorge Larrionda, é o Cruzeiro quem sai alegre para a disputa do segundo jogo desta final. Só precisam vencer no Mineirão para se sagrarem Tricampeões da América. E se a Raposa agora está com uma mão na taça, esta mão é a do goleiro-muralha Fábio.

A primeira etapa serviu para os ‘Pinchas’ justificarem a grande festa feita por sua torcida no caldeirão que se tornou o estádio Ciudad de La Plata. Marcação no campo de defesa adversário, toque de bola objetivo. Porém, graças a marcação forte de Henrique e Marquinhos Paraná somada a falta de sintonia entre o sempre impedido Gaston Fernandez e o artilheiro Mauro Boselli, a pressão se tornou infrutífera.

Se havia alguma expectativa quanto a um duelo de craques entre Verón e Kleber, ela foi frustrada logo no começo. O atacante da Raposa foi muito bem anulado pelo experiente Schiavi e pelo xerifão Desabato. Já a ‘Brujita’, por ainda se recuperar de lesão na perna direita, não rendeu tudo que podia com seus lançamentos e passes precisos.

Ainda assim, algumas chances de gol até merecem destaque. A bela cobrança de falta de Verón aos 11 minutos. A bela tabela entre Fernandez e Enzo Perez terminando num chute aos 16. Outro chute colocado da “Brujita” Verón depois de passe ao estilo pivô de Boselli nos acréscimos. Mas como todos esses lances pararam nas mãos de Fábio, e devido a falta de criatividade do meio-campo cruzeirense, os finalistas foram aos vestiários igualados em zero no placar.

O segundo tempo veio testando os corações dos torcedores cruzeirenses na minoria presente em La Plata. Primeiro foi Boselli, num lance cara-a-cara com o goleiro Fábio, que protagonizou grande defesa. No escanteio da sequência desta jogada, Desabato mandou de cabeça, e o goleiro celeste atuou de forma ainda mais magnífica. Os torcedores ‘Pinchas’ foram obrigaram a perguntar “Cuantas manos tiene esse brasileño?”

Contudo, a pressão dos argentinos morreu com o passar do tempo. Lançamentos longos sem destino e a pressão emocional de uma decisão fizeram baixar um rendimento já não tão alto dos anfitriões, e o Cruzeiro soube se aproveitar disso para contra-atacar. Leonardo Silva de cabeça após receber cruzamento de Jonathan aos 29, e Wellington Paulista perto da pequena área aos 34 minutos, fizeram Andujar tremer.

Mas a chance de ouro, a oportunidade preciosa de conquistar uma vitória importantíssima, veio no lance seguinte. Num cruzamento de Gérson Magrão pela esquerda, que Andujar voou para afastar de soco e sobrou nos pés de Kléber. O gladiador tinha tudo para estufar as redes, gol aberto e goleiro caído, mas seu arremate foi para fora. Nada que deixe triste a equipe comandada por Adilson Batista, pois segurar os hermanos fora de BH em terras inimigas não é nada mal. Ainda mais quando vale a volta olímpica maior da América Latina.

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